Turma de biologia-ead UESC

Turma de biologia-ead UESC

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

MICO ESTRELA

Estudantes de Biologia da Uesc (EAD)
Polo de Teixeira de Freitas-Bahia
Residente de Itagimirim-Bahia
Ana Lúcia, Sueli, Rosemari, Janete e Ilka.




Nome científico: - Callithrix kuhlii
Nomes Portugueses: Estrela sagui, sauim, Saguim, mico.
Reino: ANIMÁLIA
Filo: CHORDATA
Subfilo: VERTEBRATA
Classe: MAMMALIA
Ordem: PRIMATAS
Subordem: HAPLORRHINI
Família: CEBIDAE
Subfamília: Callithrix
. CARACTERÍSTICAS
Callithrix Kuhlii, Primates Callithrichidae ocorre em parte limitada do sul da Bahia, nas matas residuais. Apresenta pelagem rajada de preto, cinza e pouco laranja, coroa preta, área de cinza e branco ao redor das faces e na fronte, tufos pretos na orelha e calda rajada de preto e cinza. É um sagui relativamente pouco conhecido, que se apresenta sob ameaça de extinção, devido ao rápido processo de destruição de seu habitat.
Os calitriquídeos são animais altamente adaptados à vida arbórea, com locomoção vertical pelos troncos. Suas caudas são longas apresentando comprimento de 150-420mm, e têm a função de garantir o equilíbrio do animal, não possuindo preensibilidade. Com exceção do hálux, todos os dedos possuem unhas em forma de garras.
 ALIMENTAÇÃO
Todas as espécies da família são onívoras, alimentando-se de grande variedade de matéria vegetal, como os exsudatos, sementes, flores, frutos, néctar, etc., e matéria animal, como artrópodes, moluscos, filhotes de aves, mamíferos, anfíbios e pequenos lagartos (AURICCHIO, 1995). Eles desempenham um papel importante na polinização e dispersão de sementes.
REPRODUÇÃO
Os primatas são mamíferos placentários adaptados, em sua maioria, à vida arborícola. Vivem em pequenos grupos familiares e a fêmea pode acasalar-se com mais de um macho durante a época reprodutiva e todos os membros do grupo criam os filhotes cooperativamente.
Apresentam somente uma fêmea alfa reprodutora podendo apresentar comportamento poliândrico ou monogâmico em relação aos machos. Esta fêmea dominante inibe as demais em idade reprodutiva, que ocorre a partir dos 18 meses de vida, através de comportamentos agressivos, sinais químicos como liberação de hormônios. Sabe-se que a fêmea dominante apresenta níveis elevados de progesterona. As fêmeas subordinadas ajudam na criação dos filhotes do grupo, porém, permanecem sem apresentar ciclo reprodutivo até que a dominante seja removida.
O ciclo reprodutivo das fêmeas é de aproximadamente 30 dias, sendo que o período fértil corresponde de 2-3 dias. A gestação é de aproximadamente 140-150 dias, podendo as fêmeas parir de 1 a 3 filhotes, sendo mais comum o nascimento de gêmeos.
Os filhotes nascem com 20 à 35g e são amamentados pelas fêmeas por cerca de 100 dias. Estudos em vida livre sugerem que os nascimentos ocorrem de agosto a novembro ou de abril a junho. Porém, em cativeiro os nascimentos podem ocorrer o ano todo.
Os filhotes com menos de duas semanas são carregados principalmente pela mãe; após esse período são mais carregados pelos machos adultos, saindo dele somente para amamentar. Esse comportamento social é importante e favorece a transferência de energia para a produção de leite.
Os saguis apresentam hábitos diurnos e demarcam seus territórios utilizando substâncias odoríferas produzidas por órgãos especializados, as glândulas cutâneas de cheiro, e a urina em alguns processos. A comunicação por meio de sinais químicos é um comportamento que ocorre aparentemente em resposta a estímulos auditivos, visuais e olfativos provenientes do meio ambiente. Ela ocorre durante encontros sexuais, enfrentamentos entre grupos rivais e em resposta a objetos novos colocados no seu meio ambiente. Estes sinais químicos são provenientes de substâncias secretadas por glândulas cutâneas de cheiro, que estão localizadas em duas áreas do corpo: na região esternal, na porção ventral-medial do tórax, logo abaixo do pescoço, e na região circungenital, que envolve a região do escroto, lábio pudendo, suprapúbica e perianal.
A marcação de cheiro por fêmeas dominantes aumenta durante o período de ciclo reprodutivo, havendo, quando grávidas, um aumento da frequência de marcação até um mês antes do nascimento dos filhotes, sugerindo algum controle hormonal nas demais fêmeas durante a gestação.
             

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Preguiça de coleira
(Bradypus Torquatus)



Bradypus Torquatus

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Superordem: Xenarthra (ou Edentata)
Ordem: Pilosa
Família: Bradypodidae
Nome científico: Bradypus torquatus
Nome popular: Prguiça de coleira
Categoria: ameaçado de extinção/rara

Características: Como as demais espécies de preguiças, B. torquatus é um animal bastante especial não apenas pelas suas características anatômicas e fisiológicas, mais também pelos seus hábitos alimentares e outros aspectos do comportamento. Sua suscetibilidade ao estresse é muito evidente. As preguiças na natureza têm como predadoras aves de rapina de grande porte, como o uiraçu ou harpia e o gavião de penacho, felinos e algumas serpentes. Não predam nenhum animal, pois só se alimentam de folhas. Sua única defesa consiste em camuflar-se entre as folhas na copa das árvores. As preguiças urinam e defecam a cada sete ou oito dias, sempre no chão, próximo a base de sua árvore em que costumam se alimentar. Com isso há uma reciclagem dos nutrientes contidos nas folhas ingeridas pelo animal, que são parcialmente devolvidos a árvore através dos seus dejetos. Nas árvores próximas ao centro elas demoram menos tempo para fazer suas necessidades fisiológicas, talvez por se sentir protegidas, não tenha que enfrentar as dificuldades da mata.
Peso: 4,5 a 6,0 quilos
Comprimento: 70 a 90 cm
Ocorrência Geográfica: A Preguiça de Coleira (Bradypus torquatus desmarest) é endêmica da mata atlântica. Tem sido encontrada principalmente em regiões de matas remanescentes da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Categoria/Critério: Em IUCN - The World Conservation Union (Red data book), inclui a espécie como rara e ameaçada. Atualmente o principal predador das preguiças é mesmo o homem, que as caça e comercializa inescrupulosamente em feiras livres e nas margens de rodovias, a ação do homem sobre esses animais tem sido muito facilitada, nos últimos tempos, pela acelerada fragmentação e destruição das matas, o que leva as preguiças a se locomover desajeitadamente pela superfície do solo, de uma ilha de mata para outra, em busca de alimento e abrigo, ficando totalmente expostas à caça e captura.
Cientista que descreveu: Desmarest, 1816
Observações adicionais: Está extinta na maior parte de sua distribuição geográfica, e consta no livro vermelho dos mamíferos brasileiros ameaçados de extinção (Fundação Biodiversitas, 1994) 

Ambiente Brasil.
Conhecendo um pouco mais:
  • As preguiças possuem membros compridos, corpo curto, cauda curta e grossa, adaptados para o seu estilo de vida invertido (sempre pendurados em galhos da copa de árvores altas); Pés e mãos estreitas, dedos presos, são reduzidos e com três alongadas unhas compridas e curvadas "garras" que funcionam como gancho para viver pendurada, não para atacar ou se defender.
  • Sguendo a bióloga Vera Lúcia de Oliveira, informações recentes indicam que essa espécie pode estar correndo sério risco de extinção, resultado do processo acelerado de fragmentação e descaracterização do seu habitat natural, o que a torna muito mais exposta à captura e à caçadores. É importante desenvolver metodologia de reabilitação de preguiças apreendidas, para sua posterior reintrodução em áreas de ocorrência natural. 
  • As preguiças são exclusivamente herbívoras, alimentando-se de folhas, flores, brotos, talos verdes e frutos, de apenas duas espécies de árvores.Nascem dentado, apresentam cinco dentes na maxila, e quatro na mandíbula, totalizando 18 dentes. A morfologia do dente nestes espécimes é fortemente relacionada aos hábitos alimentares e as arcadas dentárias (maxilar e mandíbular), apresentam dentes de formato semelhante, indicando não existir uma especialização dental.Os seus dentes nao possuem esmalte, nem raiz propriamente dita e não há substituição da dentição de leite,pois é permanente e o crescimento é continuo. 
  • As preguiças nao bebem água,pois a extrai da propia alimentaçao através da parede intestinal durante o processo de digestão.






sexta-feira, 8 de outubro de 2010

SARUÊ OU GAMBÁ-DE-ORELHA-PRETA

O gambá-de-orelha-preta (Didelphis aurita) é uma espécie de gambá que habita o Brasil, Argentina e Paraguai. Também é conhecido pelo nome de saruê. 




Classificação cinetífica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Marsupialia
Ordem: Didelphimorphia
Família: Didelphidae
Subfamília: Didelphinae
Gênero: Didelphis
Espécie: D. aurita 
Nome binomial: Didelphis aurita 


INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
  • Tamanho: atinge 60 a 90 centímetros de comprimento e pesa até 1,6 kg.
  • Alimentação: alimenta-se praticamente de tudo o que encontra: insetos, larvas, frutas, pequenos roedores, ovos, cobras e etc.
  • Características: Apresenta duas camadas de pêlos, uma interna como uma espécie de lanugem de coloração ferrugínea e outra externa de pêlos longos de cor cinza ou preta. Barriga e cabeça cor de ferrugem e com marcas distintas de cor preta e ferrugíneas sobre a fronte com orelha de cor preta e desnuda, inspirando seu nome popular. Possui uma glândula que exala odor desagradável na região do ânus. A fêmea possui uma no ventre o marsúpio, bolsa formada pela pele do abdomên onde encontram-se 13 mamas.
  • Gestação: Na gestação de cerca de 13 dias a fêmea tem 8 filhotes que ficam presos nas tetas da mãe por 3 meses podendo dar 2 crias por ano.
  • Hábitat: Abriga-se em ocos de árvores, entre folhas, ninhos de aves, forro de residências. Excelente escalador de árvores. São considerados ótimos controladores de populações de roedores e dispersores de sementes. Habitam florestas, regiões cultivadas e áreas urbanas em toda a Mata Atlântica e Restinga brasileira, ocorrendo também no norte do Rio Grande do Sul e Amazônia.

REFERÊNCIAS

http://www.wikipedia.org/

GARDNER, A. L. (2005). Order Didelphimorphia. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.) Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3ª edição. Baltimore: John Hopkins University Press. p. 3-18.


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

WWF Mata Atlântica


Mata Atlântica

Em termos gerais, a Mata Atlântica pode ser vista como um mosaico d
iversificado de ecossistemas, apresentando estruturas e composições florísticas diferenciadas, em função de diferenças de solo, relevo e características climáticas existentes na ampla área de ocorrência desse bioma no Brasil.
Atualmente, restam cerca de 7,3% de sua cobertura florestal original, tendo sido inclusive identificada como a quinta área mais ameaçada e rica em espécies endêmicas do mundo. Na Mata Atlântica existem 1.361 espécies da fauna brasileira, com 261 espécies de mamíferos, 620 de aves, 200 de répteis e 280 de anfíbios, sendo que 567 espécies só ocorrem nesse bioma. Possui, ainda, cerca de 20 mil espécies de plantas vasculares, das quais 8 mil delas também só ocorrem na Mata Atlântica. Várias espécies da fauna são bem conhecidas pela população, tais como os mico-leões e muriquis, espécies de primatas dos gêneros Leontopithecus e Brachyteles, respectivamente. Vale lembrar que, no sul da Bahia, foi identificada, recentemente, a maior diversidade botânica do mundo para plantas lenhosas, ou seja, foram registradas 454 espécies em um único hectare.

domingo, 26 de setembro de 2010

Um mundo de extinções - O Globo Online

Um mundo de extinções - O Globo Online

Bahia festeja nascimento de uma preguiça de coleira em cativeiro



A LUTA PARA PRESERVAR O BICHO-PREGUIÇA EM ILHEÚS
Fragmento do texto Escrito por Globo Rural   
Atualmente, 35 bichos-preguiça recebem cuidados na Ceplac. Muitos deles chegam à comissão com ferimentos. Em 2004, dois filhotes nasceram na reserva de Ilhéus, mas não sobreviveram.
O bicho-preguiça é nativo da Mata Atlântica e na reprodução, dá apenas uma cria por vez

Há 22 anos, o bicho-preguiça, animal de expressão doce e gestos suaves, tem um centro de pesquisa exclusivo em Ilhéus (BA). Na reserva, de 43 hectares, atualmente são cuidados 16 bichos da espécie comum e 18 da espécie de coleira. As diferenças entre as duas estão nas cores e na área de ocorrência.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, enquanto a comum, com pelagem acinzentada, pode ser encontrada tanto na Amazônia quanto na Floresta Atlântica, a de coleira, com pelagem castanha e nuca com longos pelos negros, ocorre no Rio de Janeiro, Espírito Santo e sul da Bahia.

A bióloga Vera Oliveira é responsável pelo centro e disse que a ameaça de extinção atinge todas as espécies de bichos- preguiça, mas o perigo é maior para a de coleira por estar restrita a uma área geográfica muito pequena e mesmo assim em fragmentos da floresta.